O aquecimento se torna uma das partes mais importantes do treino, e normalmente é a parte que as pessoas menos gostam de fazer e acabam abrindo mão deste momento, quando precisam diminuir o tempo do treino por alguma razão.
EXPLICANDO AS PARTES DO AQUECIMENTO:
LIBERAÇÃO MIOFASCIAL (AUTO):
Quando os professores orientam iniciar o treino com a auto liberação, temos como objetivo, fazer com que os músculos tenham uma melhor irrigação sanguínea (que acontece através da fricção com rolo, bolinhas, sticks), promovendo um aquecimento muscular e possibilitando uma amplitude maior de movimento articular. Se a orientação for utilizar a técnica no final do treino, o objetivo passa a ser de minimizar as dores musculares tardias, através de um relaxamento da musculatura, buscando um realinhamento das fibras e levando mais O² para o músculo, favorecendo a regeneração muscular.
AQUECIMENTO GERAL:
Nessa parte, são utilizados exercícios que trabalham o corpo de uma forma mais global, visando o aumento da temperatura corporal e da frequência cardíaca. Busca-se a familiarização com ferramentas que serão utilizadas nos treinos, juntamente com estímulos de coordenação motora e agilidade.
AQUECIMENTO ESPECÍFICO:
Cada articulação do nosso corpo tem uma função primária, sendo mobilidade ou estabilidade. Para se ter eficiência nos movimentos, é preciso que as articulações desempenhem seu papel. Caso contrário, os movimentos serão executados com compensações, o que a longo prazo, traz desconfortos, dores e futuras lesões. Nessa parte, são inseridos exercícios que corrijam as disfunções identificadas em cada caso e também exercícios que potencializem as funções, tornando o movimento de maior qualidade.
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES:
É o espaço destinado para alongamentos ou exercícios corretivos necessários e que não estão prescritos dentro da classificação apresentada acima.
IMPORTANTE:
Existem outras formas de se estruturar um bom aquecimento. Essa organização vai ser definida pelo professor que prescreve o treino. Com alguns alunos, são utilizados exercícios ou sequência de movimentos ( GFE, GFM) que estimulam o trabalho das funções articulares de uma forma mais geral e divertida. Estes exercícios entram como uma outra alternativa para deixar esta parte do treino mais dinâmica, eficiente e interessante. Por isso, é de suma importância conversas constantes com os professores, para identificar qual a melhor forma de ajustar isso individualmente.
Em resumo, o principal objetivo do aquecimento como um todo, é preparar o corpo, para a demanda do treino, através de um trabalho que visa o aumento da temperatura corporal e frequência cardíaca, possibilitando uma redistribuição sanguínea e melhorando a irrigação dos músculos. Temos também, através do trabalho específico, uma preocupação com as funções primárias das articulações, onde o objetivo é estimular a lubrificação da estrutura e corrigir alguma disfunção percebida na avaliação inicial do aluno( free pass ), ou mesmo durante os treinos. Ao final de toda a sequência de aquecimento, se espera a melhora nos padrões de movimento e o entendimento de que o corpo é uma unidade, integrando todos os sistemas, resultando em maior eficiência no treino e também na diminuição das chances de lesões articulares e musculares.
Frente a todas essas informações, deixar o aquecimento de lado, definitivamente não é uma boa estratégia. O ideal numa situação de tempo reduzido para o treino, ou quando o aluno acha a sequência “chata”, é conversar com um professor, para que seja reorganizado e se torne mais específico para a demanda do dia de treino ou para a necessidade de correção de movimento, buscando otimizar o tempo e deixando o momento mais prazeroso.
Então, agora, nada de matar aquecimento hein?!